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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PCP alerta para “grandes constrangimentos” a nível de saúde







PCP alerta para “grandes constrangimentos” a nível de saúde


O PCP alerta para os “grandes constrangimentos” que se vivem actualmente no distrito a nível da saúde. Em causa estão os “sucessivos atrasos” em torno da abertura do concurso público para a construção do hospital Seixal-Sesimbra, a “não construção dos centros de saúde de Corroios e Quinta do Conde” e os “elevados tempos de espera sentidos pelos utentes no hospital Garcia de Orta”. Eduardo Cabrita, deputado do PS na Assembleia da República (AR) eleito pelo círculo de Setúbal, contesta a acusação em torno do hospital no concelho do Seixal, garantindo que “o equipamento vai ser construído até ao ano de 2012, tal como afirmado recentemente durante o lançamento da primeira pedra do hospital de Loures”.




Paula Santos, deputada do PCP na AR, acusa o Governo liderado por José Sócrates de ter “procedido a uma ofensiva sem precedentes contra o Serviço Nacional de Saúde, assente numa política de desresponsabilização na garantia do acesso aos cuidados de saúde, de encerramento de diversos serviços e na continuada carência de meios humanos”. O deputado socialista, por sua vez, afirma que “nunca houve uma aposta de um governo tão consistente no distrito a nível de saúde”, deixando para depois da apresentação do orçamento de Estado mais declarações sobre as “outras críticas do PCP”.



Sobre o hospital do Seixal, o Ministério da Saúde garante que o “concurso público vai ser lançado ainda em Janeiro, uma vez que os procedimentos em causa estão praticamente concluídos”. José Sales, da comissão de utentes de saúde do Seixal, lamenta que a abertura do concurso público “esteja a ser constantemente adiada”, reiterando que os utentes “não podem aceitar a actual situação, que apenas representa uma fuga do Governo à questão”. “O Estado deve investir mais na saúde, garantindo a disponibilização de meios que permitam o fácil acesso das populações”, afirma Paula Santos, lamentando que as obras em torno dos centros de saúde de Corroios e da Quinta do Conde “estejam paradas”.



O porta-voz da comissão de utentes do Seixal recorda que o “Ministério da Saúde prometeu incluir no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) o novo centro de saúde de Corroios”. José Sales garante que estão ser feitos “todos os possíveis para que o equipamento seja construído”, uma vez que o actual está “cada vez pior, com consultas a serem dadas no vão das escadas”. A propósito deste assunto, fonte do gabinete de comunicação do Ministério da Saúde garante que o projecto “não está caído no esquecimento”. “O edifício actual vai ser intervencionado e, ainda em 2010, será iniciado o processo de lançamento de todos os procedimentos necessários para a construção das novas instalações, em Santa Marta do Pinhal”, acrescenta.



Vítor Antunes, presidente da Junta de Freguesia de Quinta do Conde, vê com “apreensão” a situação em torno da paragem das obras no centro de saúde daquela localidade e explica que a não conclusão da obra “está a prejudicar o arranque da nova unidade familiar, também ela adiada”. O Ministério da Saúde adianta que o recomeço da empreitada poderá ser entregue “à firma classificada em segundo lugar no concurso público”, depois de cumpridos “um conjunto de requisitos legais e administrativos”. Apesar de o contrato com o novo empreiteiro ter ainda de ser novamente presente ao Tribunal de Contas, fonte do gabinete de comunicação estima que “as obras possam recomeçar no primeiro trimestre de 2010”.



“Os utentes só acreditam que tal aconteça, vendo no terreno o recomeço das obras”, afirma Fernando Patrício, da comissão de utentes de saúde da Quinta do Conde. O porta-voz da comissão salienta que a nova previsão para o recomeço das obras “é um retrocesso, uma vez que estava previsto que as mesmas arrancassem em Janeiro, ou mesmo em finais de 2009”. Paula Santos explica ainda que a situação que se vive, actualmente, nas urgências do hospital Garcia de Orta “é gravosa, com tempos de espera que ascendem a 12 e 15 horas”. “Aquele equipamento sempre ficou aquém das necessidades”, acrescenta a comunista.



De acordo com o Ministério da Saúde, os tempos de espera noticiados pela comunicação social poderão ter tido origem “numa afluência pontual e anormal de utentes ao serviço de urgência”, sendo que, na maioria dos casos, “as situações verificadas não careciam de tratamento urgente”. “Todas as situações verdadeiramente urgentes e emergentes foram atendidas em tempo útil pelo hospital”, afiança o gabinete de comunicação. Até ao momento, ninguém da comissão de utentes do hospital Garcia de Orta prestou declarações sobre o assunto ao “Setúbal na Rede”.

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